Iniciamos hoje, uma série de matérias que contarão um pouco da história das pessoas que fazem Dom Pedrito, cada uma da sua forma. Vamos relatar ao longo da semana, histórias que florescem na Campanha Gaúcha do Rio Grande do Sul e que compõem
Iniciamos hoje, uma série de matérias que contarão um pouco da história das pessoas que fazem Dom Pedrito, cada uma da sua forma. Vamos relatar ao longo da semana, histórias que florescem na Campanha Gaúcha do Rio Grande do Sul e que compõem a identidade da nossa cidade.
Nem todos os entrevistados nasceram aqui. Mas quem vem para Dom Pedrito e pouco tempo depois não se sente pedritense? Afinal, uma das principais marcas da nossa gente é o “acolhimento”.
Vamos colocar em evidência rostos, vidas, histórias, de pessoas que escolheram Dom Pedrito para construir uma família, desenvolver seu talento e desenhar seu caminho. As narrativas encantam, ensinam e surpreendem.
Conheça um pouco dos nossos personagens de hoje, ambos da Feira Livre Municipal, com histórias diferentes, mas ambos movidos pelo trabalho e pelos sonhos.
VAGNER WRASSE
A história de Vagner em Dom Pedrito iniciou quando ele tinha apenas dois anos. Natural de Paraíso do Sul, o pai de Vagner plantava tabaco e o produto desvalorizou a ponto de não conseguir mais sustentar a família. Então veio trabalhar na Fronteira, pois soube que estavam precisando de funcionário para lavoura de arroz. Ele partiu para Dom Pedrito com a esposa e Vagner, em 1984, carregando apenas uma mala de roupas.
Trabalhando dois anos nessa lavoura, observou que aqui, o pessoal plantava arroz e criava gado e todo o hortifrutigranjeiro consumido vinha de fora. Então, começou a cultivar uma horta num pedaço de terra cedido, inferior a 0,5 ha. Naquela época, muitas pessoas diziam a ele que ele iria morrer de fome, "hora sustentar uma família com uma horta".
Mais adiante, com muito trabalho da família, o pai de Vagner comprou o pedacinho de terra que ele tinha horta e, com o passar dos anos foi conseguindo comprar um trator bem usado e, mais tarde, aumentar a porção de terra.
Em 2010, Vagner foi fazer uma visita a seus familiares e numa festa conheceu Patrícia, de imediato começaram a namorar. Depois de um ano de namoro ela veio para Dom Pedrito, casaram e juntos fizeram algumas mudanças, implantando o Campo dos Moranguinhos e a venda direta do produtor ao consumidor.
Depois de cinco anos de casamento tiveram o filho Tony, que está com cinco anos e o Campo dos Moranguinhos completou recentemente 10 anos. Além de Dom Pedrito, eles comercializam seus produtos em Bagé e Sant’Ana do Livramento, semanalmente.
No início, eles contam que enfrentaram muitos problemas para conseguir vender em outras cidades, mas com o apoio da população, hoje tem freguesia garantida nos locais. "Nosso carro chefe é o morango, mas também temos muita aceitação das flores sempre viva e melões", conta Vagner.
Conforme ele, o investimento para o plantio do morango é alto, para viabilizar a estufa foi feito um financiamento e as mudas são importadas da Espanha. “Chegamos aqui com muita batalha e persistência. Não nos entregamos para as dificuldades que surgiram no caminho”, enfatizou Vagner.
Vagner e a família agradecem muito o acolhimento da população, o carinho dos clientes e o apoio da administração municipal. “Temos muita gratidão por tudo e estamos sempre pensando em alternativas para oferecer aos nossos clientes. Temos muito amor pelo que fazemos”, disseram.
Semanalmente, na Feira Livre Municipal, o Campo dos Moranguinhos oferece seus produtos e também geleias, cucas, biscoitinhos, feitas por uma prima de Patrícia.
“Continuamos sonhando, no futuro queremos montar uma agroindústria e chegar no Turismo, tendo como objetivo fazermos do Campo dos Moranguinhos também um espaço de visitação para lazer, descanso e compras”, finalizou o empreendedor.
ANITA MARQUES
Natural de Dom Pedrito, Anita morou por muitos anos fora da cidade. Trabalhando sempre na área da culinária, em cidades como São Paulo, Santa Catarina e Porto Alegre.
Quando voltou para Dom Pedrito, atuou como Delegada da Economia Solidária e nesse período teve a oportunidade de fazer muitas viagens, conhecer lugares diferentes e ver de perto as experiências que deram certo.
“Participo da Feira Livre Municipal, desde o início. Aproveitei meu conhecimento e prática culinária para fabricar doces e na Feira Livre tenho a minha vitrine semanal e o maior número de vendas”, contou Anita.
Com muito orgulho, ela conta que tem clientes espalhados por toda cidade e recebe muitas encomendas de fora. “Meus doces vão para muitos lugares", conta ela.
Anita Marques, tem a sua marca registrada pelo sorriso largo e pela qualidade dos produtos vendidos. Através da produção de doces caseiros de todos os tipos e tem na venda dos doces um importante complemento de renda.